pequeno almoço


Ela acordou, perguntou as horas, o que fazia eu e se podiamos, apesar da hora ser quase de jantar, comer torradas e beber café, na cama... Claro!
Saiu da cama, meia perna velada por uma meia esquecida...
Sem perguntas, observou os quadros nas paredes, as fotos, os livros, parou no meu colo e perguntou:
- Quem é o Zé Manel?
- Sou eu...
- Posso?

Enquanto percorria com as mãos aquele corpo nú sentado em mim, pressentia as perguntas que aí vinham...
Não vieram.
Com um sorriso, que me fez voltar ao espaço onde a encontrei, sensual, doce, frontal, confessou a surpresa.
Quis saber se escreveria sobre nós.
- Sim.
- Precisas de uma foto?
- Claro!

Não houve pressas de partir.
Comboios a apanhar.