São quedas, tropeções.
Cambalhotas por vezes dolorosas das quais me vou levantando enquanto me apercebo não ser a única alternativa projectada do acontecimento.
Nesse momento consciente, insano, imagino aliviado a impossibilidade de me erguer e finalmente possível a ansiada leveza que aqui sei não alcançar.
Mais um natal de que eu não faço parte, ainda assim, fazes parte de mim, em época festiva ou vulgar dia de semana.
Por estranho que pareça não é doentio, é feitio.
Como é possivel alguém desaparecer no espaço infímo de uma vida?
Quem aqui entrou fica para sempre.
Gosto de sentir esta tristeza constante aliviada pela tua presença.
Assim reúno quem, por vários motivos, não quer ou não pode estar neste espaço, que também e sem saberes és parte.
Que interesse têm os detalhes de hoje que já ontem te impediam de estar comigo?
Passado, presente há tanto.
Da vontade da pele que ainda sinto o cheiro e não me apetece a ausência na minha, surge o sorriso triste na falta de argumentos para aceitar a tua.